Setembro é o mês que traz à tona uma importante campanha de conscientização e prevenção do suicídio, conhecida como Setembro Amarelo.
Esta iniciativa, impulsionada pelo IASP (Associação Internacional pela Prevenção do Suicídio), começou no Brasil em 2015 e tem como objetivo principal destacar a importância da prevenção do suicídio, um problema de saúde pública que tira a vida de 1 brasileiro a cada 45 minutos e 1 pessoa a cada 40 segundos em todo o mundo. Neste artigo, exploraremos a relevância do Setembro Amarelo e como todos podem contribuir para a conscientização e prevenção do suicídio.
A Quebra do Tabu
Por muito tempo, o suicídio foi um tabu, um assunto difícil de ser abordado devido ao preconceito e à falta de informação. No entanto, graças à campanha Setembro Amarelo e a disseminação de informações, essa barreira está sendo superada. O conhecimento sobre o tema está se espalhando, permitindo que as pessoas tenham acesso a recursos de
prevenção.
A Importância da Educação
Uma das medidas preventivas mais eficazes é a educação. Conhecer as principais causas do suicídio e saber como ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas alarmantes. No entanto, é fundamental abordar o tema com responsabilidade, de acordo com a orientação de profissionais de saúde, para que a prevenção seja eficaz.
Quem Pode Ajudar?
Amigos, familiares, colegas de trabalho ou escola, professores, entidades religiosas e centros especializados, como o CVV, (Centro de Valorização da Vida) desempenham papéis cruciais na prevenção do suicídio. Os voluntários do CVV são treinados para auxiliar pessoas que estão passando por dificuldades e que pensam em tirar suas próprias vidas. Para conversar com um voluntário do CVV, basta ligar para o número 188, acessar o site www.cvv.org.br ou utilizar o chat e o e-mail disponíveis. Além disso, é importante procurar também profissionais de saúde.
Como Familiares e Amigos Podem Ajudar?
Ficar atentos aos sinais de alerta é crucial. Mudanças no comportamento, isolamento, perda de interesse em atividades, alterações no sono e no apetite, entre outros sinais, podem indicar a necessidade de ajuda. Frases que sugerem pensamentos suicidas também são um alerta. Quando identificar esses sinais, é fundamental abordar a pessoa com empatia, oferecer apoio e incentivá-la a buscar ajuda profissional.
O Que se Deve Fazer:
Encontrar um momento adequado e um lugar calmo para conversar.
Ouvir a pessoa com empatia e oferecer apoio.
Incentivar a busca por ajuda profissional.
Não deixar a pessoa em perigo sozinha.
Garantir que ela não tenha acesso a meios letais em casa.
Manter o contato para acompanhar seu estado emocional.
O Que Não se Deve Fazer:
Não julgar, condenar ou banalizar a situação.
Evitar opiniões que desvalorizem os sentimentos da pessoa.
Não dar sermões ou frases de incentivo vazias.
Desmistificando o Suicídio:
O suicídio é muitas vezes, uma tentativa desesperada de acabar com o sofrimento. Compreender que o indivíduo não quer morrer, mas sim encerrar o seu sofrimento é essencial.
Barreiras para a Prevenção
O estigma, o tabu e a falta de conhecimento sobre o suicídio têm sido barreiras para a detecção precoce e a prevenção. É importante quebrar essas barreiras e encarar o suicídio como um problema de saúde pública que pode ser prevenido com o apoio de todos os setores da sociedade.
A prevenção do suicídio não é apenas responsabilidade da área de saúde; ela deve envolver diversos setores da sociedade para efetivamente reduzir as taxas de suicídio. A prevenção deve ser vista como um esforço que abrange a totalidade do indivíduo, considerando sua complexidade, abrangendo aspectos biológicos, psicológicos, políticos, históricos familiares, genéticos, sociais e culturais que moldam sua existência.
Se você ou um ente querido enfrenta desafios emocionais e crises persistentes, é fundamental buscar a ajuda de um profissional de saúde. Isso pode abrir caminho para uma vida com mais equilíbrio, harmonia, saúde e bem-estar.
Setembro Amarelo é uma iniciativa que todos podem apoiar e divulgar, contribuindo para aumentar a conscientização e promover a prevenção do suicídio. Não ignore os sinais e esteja disposto a ajudar aqueles que precisam. Juntos, podemos fazer a diferença e salvar vidas. Não hesite em buscar ajuda profissional quando necessário e lembre-se de que a compreensão e o apoio podem fazer toda a diferença na vida de alguém que enfrenta o desafio do suicídio. Juntos pela vida!
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